O senador Plínio Valério (PSDB) protestou contra a ideia do governo Bolsonaro de taxar as empresas da Zona Franca de Manaus para criar um fundo de desenvolvimento sustentável.
A proposta foi apresentada pelo vice-presidente Hamilton Mourão, que coordena o Conselho da Amazônia, após se reunir com membros da FAS (Fundação Amazonas Sustentável).
A sugestão é baixar de 5% para 4% a taxa cobrada das indústrias de informática da ZFM para aplicação em pesquisa e desenvolvimento. 1% da taxa seria usado para a agenda sustentável.
“O pessoal ligado àquele grupo da concertação, alguns integrantes dele, me mandaram um documento com uma ideia de criar um fundo de sustentabilidade, baixando essa taxa para 4%”, disse o vice.
A proposta é semelhante ao que foi apresentado pelo superintendente-geral da FAS, Virgilio Viana, que em reunião com Mourão defendeu um percentual de 2%.
O vice-presidente quer estender a cobrança a outros setores do Polo Industrial de Manaus.
Protesto
“O general Mourão, parece-me, está ouvindo aquele pessoal das ongs (organizações não governamentais), principalmente da Amazônia Sustentável. Esse dinheiro, caso seja concretizado, vai cair nas mãos de terceiros, das mesmas ongs que já recebem dinheiro”, criticou o senador.
E prosseguiu: “Nós da Bancada do Amazonas, os três senadores, os oito deputados federais, achamos isso inadmissível. Nós não podemos sequer discutir aumentar.
Segundo ele, no Amazonas, as indústrias já recolhem impostos suficientes. “Pega-se o que vem para a Nação, pega-se parte minúscula do que vem para a Nação e se usa no Centro de Biotecnologia”, reclamou.
“Fica aqui, portanto, o protesto de uma bancada que não pode tolerar isso. É pequena, composta por oito deputados federais e três senadores aqui, grandes. Não podemos aceitar essa ideia. Espero que isso não passe de uma ideia”, finalizou.
Foto: Agência Senado
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