Por que Michelle Bolsonaro merece título de Cidadã do AM?

Porque ela doou ranchos, brinquedos e camas a amazonenses, responde deputada autora de projeto que homenageia ex-primeira-dama

Da Redação do BNC AMAZONAS

Publicado em: 15/03/2023 às 07:09 | Atualizado em: 15/03/2023 às 18:20

Diante da repercussão negativa a projeto de sua autoria que concede título de cidadã do Amazonas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, a deputada Débora Menezes (PL) ocupou ontem a tribuna da ALE-AM em defesa da homenagem.

Em resposta à pergunta “o que Michelle fez pelo Amazonas?”, a deputada relacionou ações do Pátria Voluntária, programa que ela comandou enquanto seu marido estava na Presidência da República.

Veja as doações

Dez camas para entidade de Iranduba que acolhe pessoas em situação de rua;

Dois mil ranchos (cestas básicas) para famílias de Boca do Acre;

Dinheiro, R$ 240 mil, e 3.090 cestas básicas para famílias em situação de rua de três cidades: Lábrea, Canutama e Pauini;

Trinta toneladas de alimentos que conseguiu nas embaixadas de Israel, Reino de Bahrein e Emirados Árabe;

Uma picape, 11 aparelhos de ar-condicionado e uma impressora para o Instituto Filippo Smaldone, em Manaus;

150 cestas básicas do Fundo de Promoção Social do Governo do Amazonas (FPS) para o Lar Barista Janell Doylle. 

Brinquedos para o Natal de 2021 (não há outros detalhes);

Duas toneladas de alimentos para a Fundação Doutor Thomaz, além de materiais de limpeza e repasse de R$ 22.230,00. 

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Na sessão desta terça-feira, Débora Menezes disse que Michelle está sendo vítima de racismo cultural.

“É de se lamentar o fato da imprensa questionar o por que de tal título. E o pior em saber que eles o fazem não por que ela não teve nenhuma entrega relevante, mas sim por que ela é a mulher do Bolsonaro, que eles não gostam”, argumentou.

Também na ALE-AM, ela pediu o apoio da Casa para a aprovação de seu projeto.

Comissão especial 

Ontem, o presidente da ALE-AM, Roberto Cidade, designou uma comissão especial para analisar a proposta.

O colegiado é formado pelos deputados Delegado Péricles (PL), Carlinhos Bessa (PV), Wilker Barreto (Cidadania), Alessandra Campêlo (PSC) e Dr. Gomes (PSC).

Eles ficarão responsáveis por examinar e apresentar parecer sobre o projeto.

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De cara, a comissão já tem um problema para analisar. É que o TCU encontrou uma série de irregularidades no programa Pátria Voluntária.

O relatório do caso será julgado nesta quarta-feira, dia 15, pela Corte de Contas.

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Foto: Anderson Riedel/PR