O deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM) disse, na manhã desta quinta-feira (26), que sua saída da vice-presidência da Câmara dos Deputados, sob ordem do presidente Jair Bolsonaro e acatada pelo presidente da casa, Arthur Lira (Progressistas-AL), abriu um precedente perigoso para a democracia.
“ Quando o presidente da República dá uma ordem para o presidente da Câmara caçar um colega e ele toma essa providência é porque a democracia tá muito frágil. Quando o Executivo ataca a democracia é algo perigoso, quando o Executivo se consorcia com o Legislativo para atacar a democracia é algo mortal”.
A declaração de Ramos na sua chegada a Manaus, no aeroporto Eduardo Gomes. Uma multidão o esperava para um ato de apoio ao parlamentar.
No ato, não faltaram faixas com dizeres em apoio ao parlamentar e gritos de ordem contra o Bolsonaro.
Enquanto outros parlamentares da bancada amazonense passavam despercebidos, Ramos abraçava populares e, ainda na entrevista à imprensa, disse que “esse assunto é página virada”.
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ZFM é o foco
Ramos não poupou críticas a Bolsonaro. Lembrou que as últimas atitudes do presidente, como as reduções das alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o II (Imposto sobre Importação), fazem parte de uma política do governo federal em relação à ZFM.
“Desde o primeiro dia que nós tivemos junto com a bancada (do Amazonas) com o ministro Paulo Guedes, ele disse que seria mais barato para o Brasil jogar dinheiro de helicóptero em cima da cidade de Manaus do que bancar o modelo zona franca, o que demonstra um total desconhecimento da diversidade do nosso país, das profundas desigualdades regionais e uma total falta de empatia com os trabalhadores”.
Foto: BNC Amazonas