Prefeito some às vésperas do reajuste da tarifa de ônibus

Publicado em: 25/01/2017 às 11:16 | Atualizado em: 25/01/2017 às 11:16
Ninguém na prefeitura, desde a segunda-feira, dia 23, consegue, oficialmente, dar conta do paradeiro do prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB).
Ele está ausente da cadeira há uma semana, depois que viajou na quarta passada para a Colômbia. Só que a missão externa já acabou e ele ainda não reassumiu o cargo, pelo menos até às 9h30 da manhã de hoje, quando o prefeito em exercício Marcos Rotta (PMDB) tentava, em uma rádio local, convencer a população do alto aumento da tarifa de ônibus que a gestão de Arthur está preparando.
O sumiço coincide com esse momento indigesto para a gestão dos dois: as discussões acerca do reajuste do preço da passagem de ônibus em Manaus.
O ônus da tomada dessa medida vem caindo nas costas do vice Rotta, que assumiu a dianteira do tema e deve assinar o ato que penaliza fortemente o bolso do consumidor possivelmente amanhã, dia 26.
O desgaste político que Arthur tenta evitar encontra explicação na campanha eleitoral passada, quando bateu o pé dizendo que sua gestão não cederia à pressão dos empresários pelo aumento, que não é dado ao setor desde 2013.
O setor de transporte público em Manaus, não se pode esquecer, já recebe milionários subsídios do contribuinte, via cofres públicos da prefeitura e do Governo do Estado.
Os aliados do tucano rechaçam a informação de que ele não esteja participando ativamente da discussão.
Dizem por exemplo que, antes de viajar à Colômbia, Arthur definiu alguns detalhes, como o congelamento do preço atual da meia-passagem em R$ 1,50, mas só para estudantes, e que delegou a Rotta a missão de negociar salários e renovação da frota com empregados e patrões do transporte público.
É o que restou para Rotta, é o que tem feito como “o homem da mobilidade urbana”.
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Foto: BNC