Pressão de bolsonaristas não funciona e Alcolumbre e Motta mantêm férias

Líderes da oposição pediram que o Congresso atue com independência e convocaram manifestações pacíficas em defesa da Constituição e da liberdade

Publicado em: 18/07/2025 às 20:04 | Atualizado em: 18/07/2025 às 20:05

Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), confirmaram nesta sexta-feira (18) a manutenção do recesso parlamentar de julho, o que contraria a pressão de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por uma reação à operação da Polícia Federal (PF) autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A decisão veta votações em plenário e reuniões em comissões permanentes até o retorno das atividades, previsto para a semana de 4 de agosto.

Motta justificou a pausa por conta de reformas estruturais na Câmara, como troca de carpetes, modernização de auditórios e gabinetes, e atualização de sistemas de áudio e vídeo.

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Apesar disso, o presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), convocou uma reunião extraordinária para terça-feira (22) com o objetivo de aprovar uma moção de apoio a Bolsonaro.

A oposição criticou as medidas impostas por Moraes ao ex-presidente, como o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de comunicação, classificando-as como “perseguição política disfarçada de ação judicial”.

Em nota conjunta, líderes oposicionistas pediram que o Congresso “reassuma seu papel constitucional” e convocaram a sociedade para se mobilizar pacificamente nas ruas em defesa da liberdade e da Constituição.

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Foto: Saulo Cruz/Agência Senado