A produção de motocicletas no polo industrial de Manaus teve uma queda de 17,4% em abril deste ano, em relação ao mês anterior.
De acordo com levantamento a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), 112.678 motocicletas saíram das linhas de montagem do polo industrial de Manaus em abril.
Já no mês de março de 2022, foram 136.350 unidades, retração de 17,4% e de 7,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram fabricadas 122.220 motocicletas no pim.
A retração no volume de produção pode ser considerada atípica já que pandemia já está em níveis mais baixos, além do mais houve a redução do IPI decretado pelo governo.
No entanto, a Abraciclo descarta essas hipóteses. A direção da associação informou que a redução ocorreu porque no mês de abril houve menos dias úteis – feriadão da Semana Santa, por exemplo – o que já estava planejado. “Mas, a perspectiva foi mantida”, disse em nota a entidade.
Alta no quadrimestre
Apesar da queda de produção em abril, a Abraciclo festejou os números dos primeiros quatro meses de 2022.
De acordo com a entidade, a indústria de motocicletas fechou o primeiro quadrimestre com 439.817 unidades produzidas. O volume é 22,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (359.621 motocicletas).
O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, explica que as fabricantes operam dentro da normalidade e conforme o planejamento anual.
“As unidades fabris cumprem seus programas de produção. Com isso, mantemos nossa expectativa de produzir 1,29 milhão de unidades em 2022”, afirma. Com esse resultado, a indústria de motocicletas estima crescer 7,9% em 2022, na comparação com 2021 (1.195.149 unidades).
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Mercado aquecido
No primeiro quadrimestre foram emplacadas 382.380 motocicletas, aumento de 27,4% na comparação com o mesmo período de 2021 (300.098 unidades).
As vendas no varejo somaram 107.707 unidades, volume 2,1% menor ao registrado em março (110.040 motocicletas) e 13,8% superior ao alcançado no mesmo mês de 2021 (94.654 unidades).
Na avaliação de Fermanian, o mercado de duas rodas segue aquecido.
“É um movimento que começou com a pandemia. Muitas pessoas optaram pela motocicleta para fugir da aglomeração do transporte público e para utilizá-la como instrumento de trabalho, atuando nos serviços de entrega. Mais recentemente, há aquelas que escolheram o modal para driblar a alta constante nos preços dos combustíveis”, complementa”, explicou o executivo.
Mercado por região
A região Sudeste foi a que mais emplacou motocicletas no primeiro quadrimestre. Foram 146.905 unidades comercializadas, o que corresponde a 38,4% do mercado.
Em segundo lugar, ficou a região Nordeste (115.911 unidades e 30,3% do mercado). Na sequência, vieram as regiões Norte (43.557 motocicletas e 11,4% de participação), Sul (38.982 unidades e 10,2%) e Centro Oeste (37.025 motocicletas e 9,7%).
A região Sudeste também liderou o ranking mensal de emplacamentos, com 40.893 motocicletas e 38% do mercado. Em seguida, ficaram o Nordeste (32.212 unidades e 29,9%), Norte (13.113 motocicletas e 12,2%), Sul (11.016 unidades e 10,2%) e Centro Oeste (10.473 motocicletas e 9,7%).
Em termos porcentuais, a região Norte foi a que mais cresceu em vendas no quadrimestre, com aumento de 43% nos emplacamentos em relação ao período de janeiro a abril de 2021. Na sequência aparece o Nordeste, com crescimento de 31,5% e o Centro Oeste, 30%.
Exportações
Nos quatro primeiros meses de 2022, as exportações totalizaram 14.533 unidades, o que corresponde a uma retração de 16,7% na comparação com o mesmo período do ano passado (17.441 motocicletas).
O volume exportado em abril foi praticamente o mesmo do registrado em março: os embarques somaram 3.946 motocicletas, duas unidades a mais do que o mês anterior. Em relação a abril de 2021, quando foram enviadas 4.276 motocicletas para o mercado externo, o segmento registrou queda de 7,7%.
*Com informações da Abraciclo
Foto: Arquivo/ Agência Brasil