Presidente do PT-AM, o deputado Sinésio Campos, disse ao BNC que o partido, em 2022, não terá candidatura imposta.
“As regras mudaram. O PT do Amazonas se reuniu com a nacional e ficou definido: a regional será ouvida e respeitada na escolha de seus candidatos”, disse Sinésio.
Sobre candidatura a governo, ele comentou:
“Só não pode balão de ensaio”.
Foi em cutucada no deputado federal José Ricardo (PT), que já se colocou como opção da legenda à sucessão estadual.
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Histórico de atropelos
Para mostrar que os petistas do Amazonas vão lutar pelo direito de escolher seus próprios candidatos, Sinésio enviou à direção do partido, em março, um documento mostrando que desde 2004 dirigentes nacionais têm feito imposições a eles.
Por exemplo, a candidatura a prefeito da então deputada Vanessa Grazziotin em 2004. O PT-AM teve que retirar seu candidato e apoiá-la.
Em 2010, o PT-AM havia decidido apoiar Omar Aziz, mas cúpula nacional impôs o nome de Alfredo Nascimento (PL), que acabou derrotado no primeiro turno a governador.
A imposição se repetiu nas eleições de 2012, 2014, 2018 e 2020.
“O Amazonas não é moeda de barganha”, sustentou o dirigente partidário.
Apesar dessa disposição, há grande chance do PT nacional usar as regionais para negociar apoio.
Isso porque, como a reabilitação dos direitos políticos de Lula, o líder petista já sinalizou conversas com o centro, fato que pode custar, novamente, atropelos aos projetos estaduais.
Foto: Divulgação