O cidadão da foto destacada deste post é Alexandre Schwartsman, doutor em economia pela Universidade da Califórnia (EUA). Ele já foi diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, qualificação, entre outras, que lhe credencia como importante formador de opinião do país.
Schwartsman escreve às quartas-feiras para a Folha de S.Paulo.
Na última tinta que usou, descarregou toda sua visão preconceituosa contra a política industrial que se pratica no Estado do Amazonas, sem, contudo, esclarecer que outras unidades da federação, sobretudo São Paulo, também a praticam.
Deixou escapar um olhar que não se vê mais tanto como antes, porque muitos de lá já compreenderam a essência da alma que mantém esse corpo em pé no coração da Amazônia, ainda que capengante, mas que aparece com a nítida intenção de guerrear o que está pacificado e pode ser melhorado.
A reposta para Alexandre Schwartsman, que chamou de “mamata” os incentivos fiscais concedidos à Zona Franca de Manaus, saiu na mesma Folha e hoje, domingo, é importante aproveitá-la para atualizar a informação e dar exposição ao assunto que se passou batido na quarta-feira.
O contraponto ao economista foi feito pelo leitor Ademar G. Feiteiro, de São Paulo. Ele, em outras palavras, diz que, ao falar da ZFM, o economista esqueceu São Paulo, o estado mais rico da federação, que garante o vigor de sua indústria com fartos incentivos fiscais, também.
Por esse aspecto, o leitor da Folha sintetiza: “É a ética de quem defende justiça na casa dos outros, mas pede misericórdia na nossa”.
Sobre isso, na quarta-feira, quando o artigo de Alexandre Schwartsman foi publicado, informalmente, o editor deste BNC tratou com o secretário de Estado de Planejamento, Jorge Júnior, que respondeu no contexto daquele dia, com letras maiúsculas:
“MAMATA é a renúncia fiscal do INOVARAUTO. Mais de R$ 40 bilhões, dando incentivos para fabricação de carros nacionais caríssimos e nos Estados ricos como São Paulo e Minas Gerais.
MAMATA é pegar os recursos da Suframa (pagas pelas empresas detentoras dos incentivos fiscais) e pôr no BNDES e financiar países estrangeiros sem contrapartida. Isso é tirar do pobre e dar para o rico.
MAMATA é conceder incentivos fiscais ilegais às indústrias instaladas fora da ZFM e agora o Congresso vem e legaliza essas arbitrariedades. TODOS os incentivos fiscais estaduais sobre o ICMS são ILEGAIS excetuando o Amazonas que possui autoridade constitucional para isso”.
Por fim, Jorge Júnior assevera:
“O Amazonas é um dos 7 Estados do país que mais repassam impostos do que recebem recursos do Governo Federal. Somos superavitários, ou seja, uma escola no Rio Grande do Sul pode ter sido construída com recursos do Amazonas. Um hospital em São Paulo também. Isso é MAMATA”.
Cara-pálida, esse teu papo não é novo e contra ele a gente já está vacinado.
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