Ramos diz esperar que desculpa de Bolsonaro não seja ‘palavra ao vento’

Orientado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), Bolsonaro fez um pedido de desculpas pelo desrespeito às instituições. Por exemplo, a agressão a ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)

Vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos

Da Redação do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 09/09/2021 às 18:14 | Atualizado em: 09/09/2021 às 18:14

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), disse esperar que o pedido de desculpa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não seja “só palavras jogadas ao vento.”

Orientado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), Bolsonaro fez um pedido de desculpas pelo desrespeito às instituições. Por exemplo, a agressão a ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na nota, Bolsonaro afirmou que “nunca teve intenção de agredir quaisquer dos poderes”.

Leia mais

Distante de Brasília, Marcelo Ramos faz campanha no AM

“A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar”, disse.

“Que não sejam só palavras jogadas ao vento, como foram as últimas vezes e que não sirva para apagar todos os crimes cometidos até aqui”, afirmou Ramos.

De acordo com ele, não haverá julgamento das motivações do presidente que o levaram a emitir a nota oficial em que pede desculpas e tenta uma pacificação.

“Há um país real muito sofrido esperando capacidade de enfrentar o desemprego, a fome e a inflação. Se o recuo do presidente servir a esses objetivos, vamos em frente”, afirmou o deputado amazonense.

Para o deputado feral Paulo Pimenta (PT-RS) o recuo é uma demonstração de que o presidente está isolado e sem apoio político para enfrentar um processo de impeachment.

“Como todo bravateiro metido a machão, Jair Bolsonaro ficou pianinho com a reação do STF e voltou atrás no que disse, soltou nota redigida pelo golpista Michel Temer dizendo que falou no calor do momento”, disse o parlamentar, para quem Bolsonaro arregou.

Foto: divulgação