O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), disse esperar que o pedido de desculpa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não seja “só palavras jogadas ao vento.”
Orientado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), Bolsonaro fez um pedido de desculpas pelo desrespeito às instituições. Por exemplo, a agressão a ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na nota, Bolsonaro afirmou que “nunca teve intenção de agredir quaisquer dos poderes”.
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“A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar”, disse.
“Que não sejam só palavras jogadas ao vento, como foram as últimas vezes e que não sirva para apagar todos os crimes cometidos até aqui”, afirmou Ramos.
De acordo com ele, não haverá julgamento das motivações do presidente que o levaram a emitir a nota oficial em que pede desculpas e tenta uma pacificação.
“Há um país real muito sofrido esperando capacidade de enfrentar o desemprego, a fome e a inflação. Se o recuo do presidente servir a esses objetivos, vamos em frente”, afirmou o deputado amazonense.
Para o deputado feral Paulo Pimenta (PT-RS) o recuo é uma demonstração de que o presidente está isolado e sem apoio político para enfrentar um processo de impeachment.
“Como todo bravateiro metido a machão, Jair Bolsonaro ficou pianinho com a reação do STF e voltou atrás no que disse, soltou nota redigida pelo golpista Michel Temer dizendo que falou no calor do momento”, disse o parlamentar, para quem Bolsonaro arregou.
Foto: divulgação