Samel desmonta fake news e prova distribuição gratuita de remédio
Áudio com falsa informação espalhado em redes sociais foi desmontado pelo diretor da empresa, com notas fiscais e testemunho do fabricante de remédio

Aguinaldo Rodrigues, da Redação
Publicado em: 08/05/2020 às 22:56 | Atualizado em: 08/05/2020 às 22:56
Acostumado a aparecer no vídeo para dar as boas novas no combate ao coronavírus (covid-19), Luiz Alberto Nicolau volta, pelo segundo dia seguido, a se manifestar visivelmente contrariado. Foi no início da noite de hoje (8), para falar de distribuição gratuita de remédio a clientes.
Além de manter hospitais próprios acolhendo pacientes do coronavírus, Alberto Nicolau fez a empresa Samel parceira da Prefeitura de Manaus no hospital de campanha público. Lá, com sua equipe médica e técnica de tratamento não invasivo da “cápsula Vanessa”, a parceria colhe ótimos resultados.
Depois de denunciar condutas irregulares de concorrentes do mercado na quinta, hoje o diretor da empresa de saúde Samel foi obrigado a reaparecer. Desta vez, para desmontar áudio de falsa informação que circula nas redes sociais.
De acordo com o teor da mensagem fake, os autores da campanha de difamação sugerem que a Samel estaria distribuindo remédio público. No caso, hidroxicloroquina e ivermectina, ministrados por médicos a pacientes do coronavírus, experimentalmente.
Diante disso, Alberto Nicolau e seu diretor técnico de hospitais foram à empresa fabricante de cloroquina para a Samel. E, com o proprietário ao lado, mostraram que a linha de produção trabalhava em horário estendido para atender a demanda encomendada.
“É lamentável que nós tenhamos de estar aqui, quando devíamos estar no hospital salvando vidas. Mas, como chegou, só para meu conhecimento, trinta [mensagens de] WhatsApp dessa mentira… E outra coisa: nem ivermectina nós estamos dando”.
Leia mais
Plano Bradesco rouba vagas em hospital de campanha, denuncia Samel
Cobrança abusiva por hospital particular de Manaus repercute no país
O porquê da doação
Conforme explicou, os médicos perceberam que não estava surtindo efeito prescrever medicação para o paciente de alta porque ele não conseguia comprar o remédio.
E, dessa forma, acabava voltando ao hospital, muitas vezes em estado ruim de saúde. Foi então que, a pedido dos médicos da empresa, Alberto Nicolau autorizou a compra, com recursos próprios.
Exibindo as notas fiscais da compra, afirmou que vai continuar doando o remédio gratuitamente aos clientes dos planos de saúde da empresa.
Leia mais
Planos de saúde são obrigados a cobrir despesas do coronavírus, decide juiz
Origem das mentiras
“Resolvemos fazer doação para todos nossos clientes, e nem fizemos propaganda disso […] o ladrão, o bandido, são outros. Não imputem isso a nós, e cada um responda por seus atos”.
Alberto Nicolau, portanto, disse lamentar que os autores dessa campanha difamatória alcancem sucesso em espalhar uma fake news. Ao BNC Amazonas, o empresário disse saber de onde partem as mentiras, mas preferiu não revelar. Ainda.
“Fiz denúncias graves ontem [7], graves hoje, com provas, mas isso não tem repercussão. E mentiras, calúnias, essas ganham repercussão”.
Em síntese, disse que a operadora de saúde trata seus pacientes de forma precoce, e agora até dando o remédio, gratuitamente.
“Esse remédio foi pago pela Samel, com dinheiro particular, e foi dado para todos os usuários e pacientes que foram atendidos na Samel”.
E, em conclusão, afirmou que não tem nenhum interesse em “briga política, em discussões, em outras coisas”.
Veja o vídeo, na íntegra
Foto: Reprodução/vídeo