A primeira versão do relatório final da CPI da covid do Senado previa denunciar o então presidente Jair Bolsonaro (PL) de genocídio contra indígenas.
É o que revela o livro “A política contra o vírus: bastidores da CPI da covid”, dos senadores Randolfe Rodrigues e Humberto Costa. Essa é informação noticiada por Lauro Jardim em seu blog em O Globo.
Conforme os autores, faltou consenso entre os membros do chamado G7 dentro da CPI para enquadrar como genocídio as ações e omissões do governo federal contra indígenas.
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O G7 na comissão era formado pelos senadores Omar Aziz (PSD), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Renan Calheiros (MDB-AL), Otto Alencar (PSD-BA), Humberto Costa (PT-PE), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Rogério Carvalho (PT-SE).
“Alguns senadores, porém, não aceitavam o enquadramento de Bolsonaro e de seu governo nessa modalidade de crime e ameaçavam rejeitar o relatório”, diz trecho do livro.
Em suma, para preservar a união do grupo, importante para aprovação do relatório de Renan Calheiros, a CPI abriu mão de enquadrar Bolsonaro como genocida.
Contudo, neste dia 30 o Supremo Tribunal Federal (STF) deu autorização para Bolsonaro e seu governo serem investigados por possível genocídio .
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Foto: Divulgação/Senado