Senador diz que decreto de Bolsonaro só serve para ameaçar ZFM

Na avaliação do senador, o decreto não surtiu feito por que os produtos não são considerados de primeira necessidade

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Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 11/04/2022 às 15:04 | Atualizado em: 11/04/2022 às 15:04

Ao comentar reportagem do UOL, desta segunda-feira (11), na qual revela que a redução de 25% na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) não reduziu preço ao consumidor final, o senador Omar Aziz (PSD-AM) diz que a medida só serviu para ameaçar a Zona Franca de Manaus (ZFM).

Com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a reportagem verificou que os preços de geladeira, máquina de lavar, fogão e carros continuaram subindo.

A medida do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e do ministro da Economia, Paulo Guedes, portanto, não teve o efeito esperado, mas prejudicou a ZFM, onde as indústrias têm isenção do imposto.

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“Como falei desde que o decreto foi lançado, a redução do IPI não reduziu os preços para o consumidor final e só serviu para mesmo para ameaçar os empregos do polo industrial de Manaus”, disse Aziz.

“O governo Bolsonaro prorrogou o decreto, mas, como demonstra esta reportagem do portal UOL, publicada no início da manhã de hoje, a medida ainda não surtiu o efeito desejado”, disse.

Na avaliação do senador, o decreto não surtiu feito por que os produtos não são considerados de primeira necessidade.

“O brasileiro médio não fica comprando toda hora uma tevê, um ar-condicionado ou um carro. Se o governo quiser enfrentar a inflação, precisa trabalhar para reduzir o preço do arroz, do feijão, da carne, do gás de cozinha etc”, afirmou.

Para ele, são produtos que o brasileiro quer consumir todos os dias e que precisa ter um preço menor para realmente impactar na inflação.

Quebra de acordo

A bancada parlamentar do Amazonas e o governo estadual acusam Bolsonaro de quebrar o acordo para retirar os produtos fabricados no Amazonas da lista dos que são beneficiados pela redução de IPI.

Por outro lado, o governo disse que não cumpriu o acordo por conta da não aprovação no Senado de mudanças no ICMS.

Foto: divulgação