Sidney Leite aponta desafios à ZFM na reforma tributária

O deputado federal também destacou um caminho para um novo modelo de matriz econômica a partir do desenvolvimento sustentável

14/04/2023 16:44

Gabriel Ferreira da Redação do BNC Amazonas

O deputado federal Sidney Leite (PSD-AM) apontou em entrevista ao BNC Amazonas nesta sexta-feira (14), os desafios da Zona Franca de Manaus (ZFM) na reforma tributária.

De acordo com o parlamentar e membro do grupo de trabalho, é preciso que a reforma tributária garanta as vantagens comparativas do modelo econômico, “pra manter a competitividade das empresas que estão aqui”.

Além disso, destacou que não se deve “fechar portas” ao avanço tecnológico, “porque o que é um televisor hoje, amanhã pode ser um produto de tecnologia, e deixar de ser o que ele é hoje. dentro da concepção da indústria”.

Sidney Leite também defendeu que a ZFM mantenha sustentabilidade para manter as receitas públicas do estado.

“Eu enxergo na biodiversidade, por isso que eu passei quatro anos e continuo lutando, para darmos personalidade jurídica, nós estamos prontos para ter o CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia), que na minha opinião deverá ser um centro de bioeconomia, e captação de recursos, trabalhar em pesquisas que já estão maturadas, com estruturação de cadeia produtiva e com isso ter vínculo com a indústria, seja no setor de cosméticos, fitoterápicos, seja na própria indústria instalada no Polo Industrial de Manaus”, disse o deputado.

Conforme o deputado, o CBA também pode ser um caminho do desenvolvimento sustentável, como por exemplo, “com fibras produzidas na Amazônia e ter o plástico 100% biodegradável, como também no campo da saúde”.

A partir disso, Sidney Leite aponta para um novo modelo de matriz econômica, “porque a gente consegue verticalizar, quem vai fornecer matéria prima? É o indígena, é o homem da floresta, é o ribeirinho, é o caboclo”.

Por fim, o parlamentar disse que há condições de um salto qualitativo na questão econômica do estado, “não anulando a Zona Franca, mas tendo novas alternativas econômicas”.