O presidente Lula da Silva já está em Manaus. Ele chegou ontem à noite à cidade. Diferente das viagens que fez em seus dois mandatos anteriores, desta vez, o chefe de governo do Brasil chega pressionado.
A pressão é do fogo que, incontrolavelmente, queima a maior floresta tropical do mundo. E queima, apesar dos discursos internacionais do presidente de protegê-la. Queima, indiferente às medidas ineficazes que foram tomadas até aqui.
Este ano, a fumaça da queima da Amazônia foi longe. Ela foi sufocar brasileiros do Sul, extremo Sul, e Sudeste do país.
Nesta terça-feira (10), a manchete do jornal Folha de S.Paulo responsabiliza Lula pelos incêndios. O título diz que o combate ao fogo está travado na Amazônia por falta de articulação do governo com estados, municípios e Congresso Nacional.
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Distante da crise e dos crimes
Na vinda ao Amazonas, o presidente não vai conhecer à região que mais destrói a floresta, o Sul do estado. Lá é que estão os crimes ambientais em grande escala.
Lula vai a Tefé (AM). Ali, ele terá uma visão da força da seca dos rios, outro problema ambiental, consequência dos fenômenos climáticos extremos que começaram afeta o Brasil.
Lula irá também a Manaquiri. De lá, poderá ver um pouco das queimadas, mas, se sobrevoasse um pouco mais em direção ao Sul poderia ver a realidade nua e crua da destruição da Amazônia.
É evidente que o presidente tem essas informações. Mas, por tratar-se de um político de grande sensibilidade, conhecer in loco a ardente e acizentada realidade poderia lhe ajudar ainda mais.
Foto: Divulgação/Chegada de Lula a Manaus