STF e TSE se armam para enfrentar eleitores no próximo ano
De acordo com nota da corte suprema de Justiça, as ameaças das manifestações de 7 de setembro, por exemplo, foram de sete tentativas de invasão ao STF

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 28/12/2021 às 00:32 | Atualizado em: 28/12/2021 às 00:32
O STF (Supremo Tribunal Federal) e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pretendem reforçar a segurança em 2022, ano eleitoral.
Conforme notícia publicada pela revista Veja e confirmada pelo Metrópoles, o STF, por exemplo, contratou empresa para fornecer “tecnologias não letais”, como granadas de emissão não letal, munições e lançadores de munições.
De acordo com o Supremo, a aquisição dos materiais “visa permitir que a equipe de segurança garanta o direito da livre manifestação do pensamento, preservando vidas e o patrimônio público”.
O STF, no entanto, declarou que os itens não são explosivos. No caso das granadas, por exemplo, apenas “geram volume de fumaça com princípios ativos químicos para dispersar confrontos, preservando vidas e evitando o uso de armas de fogo e demais equipamentos de maior potencial ofensivo”.
No comunicado, o STF ainda disse que “ações violentas e ameaças exigiram uma preparação maior para salvaguardar as instituições sem prejuízo das legítimas reinvindicações”.
Somente nas manifestações de 7 de setembro, as forças de segurança identificaram sete tentativas de invasão ao Supremo.
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TSE compra pistolas
Conforme revelado no último dia 21 pela coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, o TSE também está se armando para 2022.
A instituição comprou 39 mil projéteis de 9 mm da Companhia Brasileira de Cartucho em outubro deste ano.
Em agosto, também foram adquiridas 30 pistolas, com quatro carregadores e uma maleta.
As compras fazem parte de uma série de ações do tribunal para estruturar a área de segurança, com vistas às possivelmente turbulentas eleições de 2022.
O TSE também investiu em armamento não letal. Foram comprados 25 bastões antitumulto e armas de incapacitação neuromuscular com coldre e equipada com seis cartuchos.
A corte eleitoral também regulamentou, em setembro, o exercício do Poder de Polícia Administrativa, também chamada de Polícia Judicial. Cabe a ela a segurança dos órgãos do Poder Judiciário — instalações e áreas adjacentes — e segurança pessoal de magistrados, servidores e familiares.
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Foto: PM-DF/divulgação