STJ autoriza certidão fiscal à Amazonas Energia no negócio com Âmbar

Decisão do STJ evita colapso no fornecimento de energia no Amazonas e destrava negociação com grupo J&F.

STJ autoriza certidão fiscal à Amazonas Energia no negócio com Âmbar

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 30/07/2025 às 07:50 | Atualizado em: 30/07/2025 às 07:51

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou, no último dia 25 de julho, a emissão de certidão positiva com efeitos de negativa à concessionária Amazonas Energia.

A decisão, assinada pelo ministro Luiz Felipe Salomão, suspende liminar da Justiça federal no Amazonas e condiciona a certidão ao depósito mensal de R$ 14 milhões em juízo.

A medida é considerada essencial para evitar o colapso no fornecimento de energia elétrica no estado e destrava parte do processo de transferência do controle da empresa para a Âmbar Energia, do grupo J&F, controlador da JBS.

Segundo o STJ, a certidão é requisito legal para que a Amazonas Energia continue acessando verbas federais.

A empresa havia apresentado uma proposta de conciliação, prevendo o depósito regular dos valores, o que foi aceito pelo ministro como forma de garantir o funcionamento do serviço essencial enquanto se define a situação fiscal da companhia.

Paralelamente, a Justiça federal no Amazonas prorrogou pela quarta vez o prazo para a conclusão da negociação entre a Amazonas Energia e a Âmbar.

A juíza Jaíza Fraxe, da 1ª Vara Cível, estendeu o prazo por mais 90 dias, até que haja decisão definitiva por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ou das instâncias judiciais envolvidas.

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Âmbar já em casa

A Âmbar já assinou termo de compromisso para assumir a distribuidora, mas aguarda definições regulatórias.

A negociação envolve investimentos estimados em R$ 6,5 bilhões, com flexibilização de obrigações contratuais que podem representar um impacto de até R$ 14 bilhões aos cofres públicos ao longo de 15 anos, segundo projeções de especialistas.

O impasse sobre a situação fiscal e a falta de segurança jurídica estavam travando o processo de transferência do controle da empresa.

Com a decisão do STJ, a expectativa é de que o negócio avance nos próximos meses.

Fonte: STJ

Foto: reprodução/Cenário Energia