O Complexo Regulador do Amazonas, setor responsável por 6 milhões de solicitações de atendimento na rede estadual de saúde por ano, necessita de reforço em sua equipe de médicos reguladores e melhorias estruturais na área de Tecnologia de Informação.
A avaliação é do vice-governador do Amazonas e secretário estadual de Saúde (Susam), Calos Almeida Filho (PRTB), após visita realizada no complexo, nesta terça-feira, dia 8.
O complexo opera com 16 médicos reguladores, enquanto a necessidade atual é de 24 profissionais. É do médico regulador a tarefa de definir, com base em análises clínicas estabelecidas em protocolo, o grau de prioridade de atendimento de cada solicitação de procedimento (consulta, exame, cirurgia) inserida no Sistema de Regulação (Sisreg).
Leia mais
Vice de Wilson manda levantar dívida com terceirizados da saúde
O secretário de saúde destacou a importância do bom funcionamento do Complexo Regulador para a assistência em saúde adequada à população, e garantiu trabalhar para que o local possa passar pelos avanços necessários.
“O Complexo Regulador é essencial para o funcionamento da saúde pública, porque passa por aqui toda a organização e gerenciamento da rede estadual na oferta de consultas e de outros procedimentos mais complexos demandados pela população”, disse o secretário estadual.
Filas paralelas
Carlos Almeida também identificou a necessidade de garantir que unidades de saúde da capital e do interior se adequem aos procedimentos de informação utilizados no complexo, para que ocorra a adoção exclusiva do sistema de regulação para as solicitações de atendimentos, o que ainda não é seguido por todas as unidades, informou o secretário.
“É necessária a organização e normatização de todas as unidades, não só de Manaus, para a obediência estrita da regulação, para que não se permita filas paralelas que continuam acontecendo, e que causam prejuízo ao atendimento”, declarou o titular da Susam.
40% de absenteísmo
Após a conversa com técnicos do Complexo Regulador, Carlos Almeida apontou, ainda, a necessidade de combater o absenteísmo de pacientes (não comparecimento no dia do procedimento marcado), que chegou a um índice de 40% em 2018. Ou seja, a cada dez solicitações com procedimentos agendados, quatro não são realizados pela ausência do paciente.
“É necessário um controle e comunicação muito forte com os usuários para evitar o chamado absenteísmo. De acordo com o informado aqui pela regulação, chega a 40%. Traduzindo: em torno de 40% dos agendamentos feitos não são realizados por conta do não comparecimento dos pacientes”, disse o secretário.
Texto e foto: Divulgação/Secom