Tadros é eleito presidente da CNC, que tem R$ 11 bi de orçamento

Neuton Correa

Publicado em: 27/09/2018 às 14:11 | Atualizado em: 09/03/2019 às 13:38

Por Neuton Corrêa, da redação

 

Presidente da Federação do Comércio do Estado do Amazonas (Fecomercio-AM) há 34 anos, chamado pelo jornal Folha de S. Paulo de coronel do patronato por não permitir a renovação do comando da entidade no Estado, o empresário José Roberto Tadros, 72 anos, foi eleito hoje presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

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Com o apoio do atual presidente da entidade, ele venceu a disputa de Adelmir Santana, presidente da Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomercio-DF) pelo placar de 24 a 4.

Tadros chega ao cargo acusado por seus adversários de cometer uma série de irregularidades à frente da Fecomercio-AM, entre as quais, caso de nepotismo.

Ele teria empregado seu filho, que nem comparecia ao trabalho segundo processo que tramita no Tribunal de Contas da União (TCU).

A regularidade do pleito chegou a ser contestada no TCU. A ação foi movida pelo procurador Júlio Marcelo de Oliveira, que atua perante a corte.

Ele alegava que houve registro de candidatos “em desacordo com o manual eleitoral da entidade, que veta pessoas com contas desaprovadas ou condenados por crime doloso”.

A ação questionava a candidatura de Tadros por, supostamente, ter praticado nepotismo e feito pagamentos “sem a contraprestação de serviços”, além de ter dificultado a fiscalização de licitações, em sua gestão no Sebrae do Amazonas.

A representação foi negada ontem pelo ministro do TCU Bruno Dantas e a eleição correu normalmente nesta quinta-feira.

O futuro presidente da CNC, que possui um orçamento de R$ 11 bilhões, toma posse no dia 19 de novembro.

É a Confederação Nacional do Comércio que administra o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), por exemplo.

 

Foto: Divulgação/CNC/Christina Bocayuva