Roberto Tadros, “coronel do patronato”, manchete da Folha

Trinta e dois anos presidindo a Federação do Comércio do Estado do Amazonas (Fecomércio), o empresário José Roberto Tadros entrou numa lista de cinco dirigentes de entidades patronais que estão há mais de 30 anos no cargo. Esses dirigentes foram chamados na edição deste domingo do jornal Folha de S.Paulo de “coronéis do patronato”, que […]

15/07/2018 09:38

Trinta e dois anos presidindo a Federação do Comércio do Estado do Amazonas (Fecomércio), o empresário José Roberto Tadros entrou numa lista de cinco dirigentes de entidades patronais que estão há mais de 30 anos no cargo.

Esses dirigentes foram chamados na edição deste domingo do jornal Folha de S.Paulo de “coronéis do patronato”, que são custeados pela contribuição das empresas, por intermédio do Sistema S.

A reportagem é a manchete deste domingo do impresso, com o título “Dirigentes se perpetuam em entidades do patronato”.

Acesse a versão eletrônica do jornal.

A Folha diz ainda que “o apego” aos cargos é explicado pelo valor recolhido compulsoriamente das empresas para ser administrados pelas federações patronais: R$ 16,4 bilhões (2017).

“No caso das federações, votam os presidentes dos sindicatos que as compõem. Os comandantes das federações só conseguem se manter nos cargos por décadas, porque, na maioria das entidades, não há limite para a reeleição”.

No Amazonas, apenas cinco entidades têm direito a voto sobre a escolha dos dirigentes da federação estadual.

O jornal diz que ouviu a explicação da Fecomércio sobre a tão longeva gestão de Tadros e ainda ouviu crítica da entidade para o limite de reeleição.

“A Fecomercio Amazonas informou que ‘os estatutos são cumpridos rigorosamente’ e ocorrem ‘eleições normalmente’. Segundo a assessoria de imprensa, ‘a experiência mostra que entidades que adotam limite para a reeleição acabam voltando atrás'”, diz a reportagem.

No título da manchete do caderno Mercado, a Folha de S.Paulo critica a falta de renovação nas entidades, dizendo “Comando envelhecido fragiliza entidades patronais em todo o país”.