Da Redação
Os três nomes que melhor aparecem nas pesquisas pré-eleitorais para as duas vagas ao Senado, Eduardo Braga (MDB), Vanessa Grazziotin (PCdoB) e Alfredo Nascimento (PR) já falaram o que pensam sobre citações de seus nomes em meio a operação Lava Jato.
Vanessa e Alfredo comemoraram quando as investigações de Caixa 2 sobre eles saiu do âmbito da operação. Os dois e Braga negam todas as acusações levantadas contra eles. Relembre o que cada um disse, em entrevista ao BNC , ao falar sobre o assunto.
Alfredo Nascimento
Em entrevista concedida em 12 de janeiro de 2018 , ao ser questionado sobre a Lava Jato, Alfredo respondeu:
“ É bom falar. Primeiro que o Supremo já disse que não é Lava-Jato. É citação que na campanha de 2005 teria sido doado pela Odebrecht R$ 200 mil para a minha campanha. Na citação que o cara fez, ele diz que esteve comigo no Ministério. Para desprazer dele, na consulta que fiz na agenda do ministério, esse cara nunca foi recebido. Não sei quem é.”
Alfredo foi questionado ainda se havia alívio do caso dele ter saído do âmbito da Lava Jato e respondeu: “Não é investigação ainda. É na fase de ouvir quem delatou. Primeiro, é uma delação que seria Caixa 2, se fosse. E eu não recebi. Estou absolutamente tranquilo”.
Alfredo aparece na delação de executivos da Odebrecht entre os políticos que receberam recursos não contabilizados em campanha. Os documentos da Odebrecht indicam que Alfredo recebeu R$ 200 mil da empreiteira a pedido do deputado mineiro do PR Milton Monti.
Eduardo Braga
Em entrevista concedida ao BNC , no dia 31 de julho, em plena campanha da eleição suplementar, ao ser questionado sobre pelo menos três citações do nome dele no âmbito da Lava-Jato e se havia recebido propina, Braga respondeu:
“Essas citações são absurdas. Todas elas, mentirosas. Sem nenhuma prova. Por que eu defendo a investigação? Porque a justiça tarda, mas não falha. Assim como a justiça tardou, mas provou que o Zé Melo fraudou as eleições, cassou e puniu José Melo. Tenho certeza que a justiça provará que essas citações são mentirosas. De alguém que estava preso, que estava fazendo citação a qualquer custo para tentar sua liberdade. Portanto, quem não deve não teme. Respondo a essa sua pergunta com toda naturalidade porque o Prosamin está aí há 14 anos. Auditado pelo Tribunal de Contas”, declarou.
Vanessa Grazziotin
Em entrevista ao BNC no dia 18 de junho de 2017, Vanessa negou que tenha recebido dinheiro ilegal da Odebrecht, como afirmaram delatores.
A senadora Vanessa Grazziotin disse que o delator mudou várias vezes de versão ao ser ouvido pela justiça. A comunista disse que se houve reunião, ela não lembra. “Ele primeiro disse que foi o Eron que pediu, depois eu. O fato é que nós não apenas dizemos que ele faltou com a verdade. Nós estamos provando. Por isso o inquérito é importante.
Vanessa disse que casos semelhantes ao dela foram arquivado previamente. “Por que arquiva uns e não arquiva outros?”, disse.
A senadora questionou porque os delatores apenas falam e não apresentam provas de onde e como ocorreu os fatos delatados. “No meu caso, estou tranquila. Porque mostramos que a doação foi feita.Foi feita e devidamente declarada”, disse.
O executivo da construtora Odebrecht Fernando Reis afirmou que, na campanha de 2012 e “a pretexto de doação para campanha”, a senadora recebeu R$ 1,5 milhão sem registo oficial na justiça eleitoral. A delação diz que o marido de Vanessa, o ex-deputado estadual Eron Bezerra (PCdoB), fez o pedido à Odrebrecht.
O dinheiro teria saído do Setor de Operações Estruturadas da empresa e o repasse registrado no sistema “Drousys”. Na 26ª fase da operação Lava Jato, chamada Xepa, o setor foi apontado como o “departamento de propina” organizado e estruturado da empresa.
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