Neuton Corrêa , da Redação
A onda que provocou o tsunami de mudanças na política do país em 2018, de norte a sul, perdeu força em menos de um ano. Pelo menos em Manaus, segundo aponta pesquisa da iMarketing neste dia 12.
Apesar disso, velhos nomes apresentam a maior repulsa do eleitorado.
É o que mostra a oitava pesquisa de 2019 a prefeito de Manaus da empresa do publicitário Durango Duarte, publicada nesta quinta-feira.
De acordo com o resultado de coleta de dados, feita entre os dias 8 e 10, em amostra de 1.200 eleitores, 52,7% do total disseram que preferem, agora, eleger político com mais experiência, “apesar de alguns vícios da velha política”.
“Alguém novo, sem conhecer muito de administração pública” ficou com 33,8% da preferência do eleitor manauense.
Tendência se firmando
Foi a sexta pesquisa da iMarketing com resultado mostrando essa tendência.
Em março, o eleitor preferia “alguém novo”. Esse conceito de gestor tinha apoio 50,6% do eleitor, enquanto a “velha política” era preferida por 34,1%.
Em abril, o estudo começa a identificar tendência de mudança no cenário.
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Nesse mês, o novo perdeu 8,1 pontos percentuais e a velha política saltou a 8,4 pontos percentuais, atingindo 42,3%, uma fração abaixo dos que preferiam mudança (42,5%).
Já, em maio, a velha política assumiu liderança com 48,6% contra 40,5% do novo.
Em junho, a tendência passou a fazer parte da preferência de mais da metade do eleitorado pesquisado, sendo a opção de 51,5% contra 33,2% do novo.
Em julho e agosto, o freio à corrente de mudança apertou ainda mais, quando o estudo identificou preferência do eleitor na casa de 54%.
Por sua vez, o novo recuou a menos de 30% e recuperação de dois pontos (32,6%), mas com queda de quase 20% em relação à pesquisa de março.
Velho político
A tendência identificada por essa série de pesquisas da iMarketing pode explicar, por exemplo, o reaparecimento do nome do ex-governador Amazonino Mendes (PDT), de 79 anos, à sucessão 2020.
O velho político fez um contorno de 180% graus em sua escalada política entre 2017 e 2018. Foi eleito governador tampão, em 2017, após já estar aposentado, mas perdeu a reeleição no ano passado para o outsider Wilson Lima (PSC).
Rejeição elevada
Apesar de aprovar o conceito da velha política, a pesquisa mostra reprovação aos políticos que mais governaram Manaus e o Amazonas.
Amazonino, por exemplo, nesse estudo, é rejeitado por quase 20% (19,8%) dos eleitores.
Ele só perde para o senador Eduardo Braga (MDB), que lidera as rejeições na opinião de 22,6% dos entrevistados.
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Os novos
Já os novos, estudados pela iMarketing, figuram com rejeições pequenas.
David Almeida (Avante), que lidera a corrida, segundo consulta estimulada, é rejeitado por apenas 1,6% dos entrevistados.
José Ricardo (PT), que também está no pelotão dianteiro, tem rejeição de 1,3% dos eleitores.
Foto: Reprodução/iMarketing