Weintraub não deve passar desta quinta como ministro de Bolsonaro
No domingo, dia seguinte ao foguetório contra o STF, Weintraub foi se confraternizar com manifestantes bolsonaristas

Aguinaldo Rodrigues, da Redação
Publicado em: 17/06/2020 às 20:52 | Atualizado em: 17/06/2020 às 21:08
A prevalecer os bastidores de hoje (17) do Palácio do Planalto, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, não chega à sexta-feira no cargo. Isso porque o presidente da República, Jair Bolsonaro, espera ver o pedido de demissão em sua mesa até esta quinta.
Por conta disso, a tarde de hoje foi de negociações para dar uma saída honrosa ao aliado fiel dos Bolsonaros. Estaria sendo cogitado mandá-lo a uma embaixada qualquer ou arrumar um cargo de direção em banco estatal. Qualquer coisa que amenize a fúria dos que desejam ver Weintraub e sua agressividade desmedida longes de Brasília.
Portanto, sua saída do governo já são favas contadas. Seu último cartucho para aparecer bem para o chefe e seus filhos, que lhe são simpáticos, foi um tiro no pé.
No domingo, dia seguinte ao foguetório contra o STF, Weintraub foi se confraternizar com os manifestantes bolsonaristas. Foi visível a exibição de sua figura para agradar Bolsonaro.
Contudo, a tática não deu certo. O próprio Bolsonaro disse que o ministro não foi “prudente” em ter ido ao encontro de manifestantes pró-governo.
Além disso, o gesto só aumentou a pressão por sua saída do Planalto. Assim sendo, Bolsonaro prometeu “resolver” o caso, e de imediato Weintraub virou figura isolada no governo.
Como resultado, Bolsonaro já teria até o nome do seu substituto para anunciar de imediato.
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Medo agora é de prisão
De outra parte, o temor agora de Weintraub é que acabe na prisão. Ele teria revelado isso a aliados, principalmente como resultado da agressão a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 22 de abril.
Caso venha a ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional, ele poderia pegar pena de prisão preventiva de até 180 dias.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil