Referência em cirurgias pediátricas no país, Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, começa a operar semana que vem crianças com cardiopatia congênita do Estado do Amazonas.
O convênio assinado nesta terça-feira, dia 14, pelo governador Wilson Lima (PSC) com a Fundação Faculdade Regional de Medicina (Funfarme), responsável pelo complexo de saúde, é para encaminhamento imediato das crianças amazonenses à unidade de saúde paulista.
“A partir da semana que vem a gente já envia duas crianças e aí a gente vai avaliando, porque há um protocolo de questões que precisam ser atendidas tanto em Manaus quanto aqui”, frisou o governador. Wilson Lima ressaltou que a intenção é realizar, em média, duas cirurgias por semana em São José do Rio Preto, sem que a rotina de procedimentos cirúrgicos do Hospital Francisca Mendes seja interrompida.
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Acompanhado pelo secretário de saúde do Amazonas, Rodrigo Tobias, e o médico cardiologista e diretor clínico do Hospital Francisca Mendes, Mariano Terrazas, o governador conheceu o serviço Nacional de Cardiologia Pediátrica e reuniu com a diretoria do hospital.
“Na prática já estamos conversando há pelo menos 20 dias, e a visita in loco serve para que a gente possa conhecer a estrutura onde as nossas crianças amazonenses vão ficar, junto com as suas mães, via Tratamento Fora de Domicílio”, afirmou o secretário de saúde do Amazonas, Rodrigo Tobias.
TFD
A realização de cirurgia cardíaca por Tratamento Fora de Domicílio (TFD), programa que custeia passagens e ajuda de custo para pacientes que realizam tratamento médico fora do Estado, é uma das medidas adotadas pelo Governo do Amazonas para reduzir o tempo de espera de crianças cardiopatas que aguardam por procedimento cirúrgico.
Após concluírem o processo de atualização de exames e avaliação médica, que está acontecendo desde a semana passada no Hospital Francisca Mendes, as primeiras crianças estarão aptas para viajar. Será respeitado o critério dos pacientes que estão há mais tempo na fila de espera por cirurgia e com melhores condições clínicas para a viagem. Foram selecionadas para avaliação e exames 20 crianças da fila de espera, que se enquadram nos critérios definidos.
“À medida que o Francisca Mendes aumentar sua capacidade operacional, isso provavelmente se fará desnecessário e vai ser tudo feito no Amazonas. A tendência é que o Francisca Mendes e o Estado respondam essa demanda da região toda”, observou Terrazas.
Foto: Secom