O governador Wilson Lima (PSC) aproveitou a presença do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em Manaus, para apelar ao Congresso Nacional.
Pediu o apoio de deputados e senadores na defesa da Zona Franca de Manaus (ZFM) na reforma tributária.
“Aqui eu faço um apelo aos senadores, aos deputados federais de outras regiões, que deem o suporte necessário à nossa bancada no Congresso, aos nossos deputados, aos nossos senadores, para que esse modelo permaneça como ele tem sido, e que as garantias constitucionais sejam preservadas até 2073, como está previsto na Constituição”, afirmou.
A saber, a declaração foi dada nesta quinta-feira, dia 12, em evento comemorativo da Moto Honda da Amazônia, com a presença da bancada federal.
Benefícios ao Brasil
De acordo com o governador, o modelo ZFM não beneficia apenas o estado do Amazonas, mas a economia brasileira como um todo, gerando empregos e receita para os cofres federais.
“Nós fizemos um levantamento recente, da Receita Federal, inclusive, que mostra que nos últimos 20 anos a Zona Franca de Manaus entregou ao Governo Federal em tributos R$ 162 bilhões. Sabe quanto a gente recebeu desse recurso? R$ 40 bilhões. E é preciso levar em consideração não só os empregos diretos que são gerados aqui, mas também os empregos que são gerados em toda a cadeia de produção, os efeitos nos empregos indiretos que são gerados em outras regiões do Brasil”, frisou Wilson Lima.
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Conforme Wilson, é necessário que a a reforma tributária que leve em conta a contribuição da ZFM para o desenvolvimento regional.
“Presidente (Alcolumbre), nós não abrimos mão do modelo Zona Franca, 82% das nossas atividades econômicas giram em torno dela, e qualquer medida tomada com a reforma tributária que afete esse modelo significa condenar o povo do estado do Amazonas à miséria. E isso nós não vamos permitir que aconteça. Nós contamos com o seu apoio para que efetivamente a reforma tributária não seja aprovada de uma forma que possa beneficiar regiões mais ricas, que detêm maior poder tecnológico, que detêm acessibilidade e logística favorecida aos grandes centros de consumo, em detrimento da nossa Zona Franca. Disso nós não abrimos mão”, disse Wilson.