Wilson festeja resultados, mas diz que não é hora de relaxar com vírus

Governador do Amazonas recomenda que população mantenha isolamento e mantém medidas de restrição no estado

Mariane Veiga

Publicado em: 19/05/2020 às 10:27 | Atualizado em: 19/05/2020 às 10:27

O governador Wilson Lima (PSC) afirmou nesta segunda (18) que o Amazonas está no caminho certo para derrotar o coronavírus (covid-19).

Contudo, recomenda que os esforços e as restrições pelo isolamento devam ser mantidos.

A melhora no atendimento a partir da ampliação da capacidade da rede, com mais leitos, e a redução das mortes pelo coronavírus foram festejadas pelos governos estadual e de Manaus. Mas, ambos ressalvaram a necessidade de manter o alerta para evitar retomada do ataque do vírus.

“Mais do que dobramos a quantidade de leitos de UTI, aumentamos a quantidade de leitos clínicos, contratamos quase mil profissionais de saúde, equacionamos o problema com EPI e aumentamos a testagem”, disse Wilson.

No entanto, os indicadores ainda não dão segurança suficiente para um relaxamento das medidas de restrição, conforme disse.

Portanto, continuam em vigor as restrições impostas pelo governo e prefeitura até o dia 31 de maio.

Um estudo coordenado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam) mostrou que essas medidas foram fundamentais para reduzir a pressão sobre o sistema de saúde.

“Tudo indica que nós estamos no caminho certo, mas aqui eu faço um alerta a todos os manauaras, a todos os amazonenses: se afrouxarmos o isolamento e as medidas de proteção, tudo isso pode ir por água abaixo”.

De acordo com o governador, um descuido agora provocaria nova onda de contaminações, “com as mesmas dificuldades do começo”, avaliou.

Para o governador, a população tem papel fundamental no enfrentamento à pandemia e na redução do seu impacto no interior do estado.

“Eu falo em nome de técnicos e profissionais da área de saúde, que são unânimes em afirmar que uma nova onda nos obrigaria a medidas mais rígidas”.

 

Os leitos

Hoje a rede estadual tem 1.138 leitos, sendo 243 de UTI, para os casos mais graves.

 

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Foto: Maurílio Rodrigues/Secom