O governador do Amazonas , Wilson Lima (União Brasil), evitou hoje (21/12) falar sobre as eleições municipais do ano que vem.
Em evento público, de entrega de títulos definitivos de terra, no auditório Vasco Vasques, em Manaus, ele foi provocado a falar do assunto. Mas, respondeu que é uma questão que só vai “tratar no momento certo”.
Além disso, Lima comentou que as eleições devem ser uma questão “de quem faz parte do processo”.
O problema, porém, é que a campanha política que se avizinha será delicada para o governador.
Ela é um passo importante para depois que Lima deixar o governo, em abril de 2026. A razão é que o prefeito da capital sempre tem peso exponencial em uma eleição.
No caso de Manaus, muito mais. Isso porque, no Amazonas, a capital concentra praticamente a metade dos eleitores do estado.
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Escolha salomônica
Portanto, o cenário atual impõe sinais que Lima deve estar atendo quando tratar do assunto. Por exemplo, os pré-candidatos que aparecem neste momento mais preferidos nas intenções de voto estão na sua órbita política. São eles o atual prefeito David Almeida (Avante) e os deputados federal Amom Mandel (Cidadania) e estadual Roberto Cidade (União Brasil).
Dessa maneira, o governador e virtual candidato ao Senado, ao se definir por um nome à Prefeitura de Manaus, fatalmente iria contrariar os outros.
E olha que faltam só dez meses para essa definição que, inevitavelmente, repercutirá na eleição a governador e a senador em 2026, que incluirá ainda outros personagens muitos próximos de Lima.
Foto: Diego Peres/Secom