O golpe de Jair Bolsonaro foi sepultado, disse o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, em entrevista à GloboNews.
“Eu acho que o Sete de Setembro foi bem o sepultamento do golpe. Compareceram menos de 10% do que se esperava, quer dizer que a extrema-direita radical no Brasil é bem menor do que se alardeava, as policiais militares não aderiram, nenhum oficial da ativa relevante deu qualquer apoio àquele tipo de manifestação. O presidente compareceu, fez um discurso pavoroso, golpista, de ameaças a pessoas a ofensas. Disse ‘não vou cumprir decisão judicial’ e, dois dias depois, mudou completamente o discurso, procurou as pessoas que ele tinha ofendido para conversar… De modo que eu acho que ali se relevou que a sociedade brasileira não aceitaria nada diferente”.
O golpe foi sepultado, mas Bolsonaro pode desenterrá-lo neste ano, com um Sete de Setembro bis. Repito: para evitar a derrota nas urnas, ele vai armar um circo capaz de acarretar sua ineligibilidade.
O próprio Bolsonaro, ontem, em conversa com a rádio de regime, deu uma bandeira danada, provocando Barroso, Fachin e Moraes:
“O que fica da ação desses três ministros do STF, me parece que eles têm um interesse, né? Primeiro, buscar uma maneira de me tornar inelegível, na base da canetada. A outra, é eleger o seu candidato, que é o Lula”.
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Foto: Marcos Corrêa/PR