A Polícia Civil do Pará indiciou quatro brigadistas voluntários e um colaborador pelo fogo que destruiu parte de área de proteção ambiental em Alter do Chão, balneário do Pará. Segundo a publicação da Folha, os acusados dizem que o indiciamento “é fruto de ilegalidades e, infelizmente, indica direcionamento da investigação”.
O documento, obtido pelo site G1, é assinado pelo delegado Waldir Cardoso. Ele assumiu o inquérito por determinação do governador Helder Barbalho (MDB) em reação a críticas contra o delegado anterior.
No indiciamento, Cardoso afirma que os indícios “demonstram a participação ativa dos referidos brigadistas nos eventos” (na foto, os brigadistas, a partir da esquerda: Gustavo de Almeida Fernandes, Marcelo Aron Cwerner, Daniel Gutierrez Govino e João Victor Pereira Romano ).
O motivo, segundo o documento da polícia, seria “disseminar registros fotográficos em âmbito nacional e internacional com a finalidade de promoção da tragédia e em benefício de auferirem vantagens financeiras através de vultosas doações em dinheiro, por parte de pessoas de boa fé de todo o globo”.
A investigação da Polícia Civil tem sido criticada por ambientalistas e contradiz apuração do Ministério Público Federal (MPF), que vincula o incêndio ao assédio de grileiros e à especulação imobiliária, sem mencionar os brigadistas.
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Foto: Tiago Silveira/reprodução/DMC