Fabricante da hidroxicloroquina tenta impedir quebra de sigilo no STF

Na semana passada, a comissão aprovou a quebra dos sigilos do presidente da Apsen, Renato Spallicci, e da diretora Renata Farias Spallicci

Presidente da CPI da covid revela datas de depoimentos de governadores

Mariane Veiga

Publicado em: 23/06/2021 às 11:26 | Atualizado em: 23/06/2021 às 11:32

A farmacêutica Apsen, empresa que produz hidroxicloroquina, entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir a quebra dos sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático aprovada pelos senadores da CPI da covid.

O relator do caso no STF será o ministro Dias Toffoli, que deu prazo de 48 horas para o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD), prestar esclarecimentos sobre os pedidos de quebra de sigilo.

Na semana passada, a comissão aprovou a quebra dos sigilos do presidente da Apsen, Renato Spallicci, e da diretora Renata Farias Spallicci.

O laboratório foi citado pelo presidente Jair Bolsonaro em uma ligação para o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, em abril do ano passado, na qual Bolsonaro pede a liberação de insumos para fabricação de hidroxicloroquina que estavam embargados no país.

A conversa entre os dois líderes foi revelada pelo jornal “O Globo”.

Ontem, o jornal “Folha de S.Paulo” noticiou que a Apsen informou à CPI que as vendas de comprimidos de hidroxicloroquina em 2020 foram 30% maiores do que em 2019.

A comissão investiga se houve favorecimento do governo federal à empresa durante a pandemia.

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Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado