Investigação de fake news de Bolsonaro pode ter ajuda internacional
Em outubro, Bolsonaro citou relatórios falsos do governo do Reino Unido para apontar suposto risco de vacinas da covid

Publicado em: 03/03/2022 às 10:07 | Atualizado em: 03/03/2022 às 10:07
A Polícia Federal quer usar cooperação internacional com o Reino Unido e os Estados Unidos no inquérito que investiga a conduta do presidente Jair Bolsonaro ao divulgar fake news que associavam a vacinação contra covid a um risco de desenvolver Aids.
Essa relação, que não existe, foi feita por Bolsonaro em uma transmissão nas redes sociais, no ano passado.
O inquérito foi aberto no dia 3 de dezembro por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal instaurou a apuração no dia 23 de fevereiro.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Lorena Nascimento, Bolsonaro é investigado nesse inquérito pelos crimes de epidemia, de infração de medida sanitária preventiva e de incitação ao crime.
A PF vai analisar ainda a confiabilidade de sites eletrônicos que serviram de base para as informações replicadas pelo presidente em uma live.
Live
A notícia falsa foi divulgada pelo presidente em uma live nas redes sociais no dia 22 de outubro, e desmentida por especialistas nas horas seguintes. A live de Bolsonaro foi retirada do ar por Facebook, YouTube e Instagram.
Na transmissão, Bolsonaro disse que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que pessoas totalmente vacinadas contra a covid estariam desenvolvendo Aids “muito mais rápido que o previsto”.
No entanto, a afirmação é falsa, e não há qualquer relatório oficial que faça essa associação.
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Foto: Reprodução/Facebook