Um dos religiosos mais próximos do presidente Jair Bolsonaro (PL), o pastor Silas Malafaia não poupou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça , por ontem (20) ter votado pela condenação do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB-RJ).
Além de “terrivelmente decepcionado” com o ministro-pastor, Malafaia não poupou o ministro “ditador de toga” Alexandre de Morais, a quem chamou de “desgraçado”.
Silveira foi julgado por ameaçar ministros do Supremo e incitar o confronto entre instituições da República e as Forças Armadas. Acabou condenado a oito anos e nove meses de prisão e teve o mandato cassado por 10 votos a 1.
Embora indicado por Bolsonaro —aliado de Silveira—, Mendonça se posicionou pela condenação do deputado.
Ele propôs, no entanto, pena menor, de dois anos e quatro meses em regime aberto. Foi vencido pela maioria em uma decisão que ainda cabe recurso.
“Terrivelmente decepcionado com o ministro André Mendonça, que se rende ao ditador da toga [Alexandre de Moraes] e envergonha o povo evangélico”, afirmou Malafaia em um vídeo divulgado em redes sociais.
Pastor presbiteriano, Mendonça foi indicado ao STF com apoio de Malafaia após promessa de Bolsonaro de levar à Suprema Corte um ministro “terrivelmente evangélico”, como Mendonça passou a ser chamado.
Em contrapartida, Malafaia agradeceu ao outro ministro indicado por Bolsonaro: Kassio Nunes Marques foi o único dos onze membros a votar pela absolvição de Silveira.
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Foto: Alan Santos/Presidência da República