PGR apura o que disse general Heleno em nota sobre STF  

Nota divulgada pelo ministro falava em "consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional"

Mariane Veiga

Publicado em: 25/06/2020 às 18:05 | Atualizado em: 25/06/2020 às 18:22

O procurador-geral da República, Augusto Aras, decidiu instaurar uma apuração (“notícia de fato”) sobre a nota divulgada pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno.

Nela, o general criticava o Superior Tribunal Federal (STF) por ter dado prosseguimento a um pedido de apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro.

Heleno divulgou essa nota em maio e no texto o ministro disse que a possível apreensão poderia “ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”.

Da mesma forma, ele classificou a medida como “inconcebível” e “inacreditável”.

Mais tarde, o pedido acabou sendo rejeitado pelo próprio relator do caso no Supremo, ministro Celso de Mello.

A decisão de Aras veio a público ontem (24), em manifestação apresentada por ele ao STF.

Dessa forma, ele respondeu a uma demanda do Partido Democrático Trabalhista (PDT) enviada ao Supremo.

Conforme a legenda, as palavras do ministro infringem artigos da Lei de Segurança Nacional que falam de ameaças às instituições.

A manifestação de Aras pode ser considerada um trâmite burocrático em resposta ao STF.

“Caso surjam indícios mais robustos de possível prática de ilícitos pelo representado, será requerida a instauração de inquérito criminal no STF, para adoção das medidas cabíveis”, diz o PGR.

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Foto: Antônio Cruz/ABr