Presidente da CBF se mantém no cargo por decisão de Mendes
Entretanto, ministro determinou apuração sobre possível fraude em assinatura

Mariane Veiga
Publicado em: 07/05/2025 às 19:44 | Atualizado em: 07/05/2025 às 19:44
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quarta-feira (7) o pedido de afastamento do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues.
Segundo o magistrado, a solicitação é incabível no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7580, que trata de pontos da Lei Geral do Esporte e da Lei Pelé, e não diretamente sobre a presidência da entidade.
Apesar disso, o ministro determinou que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) investigue supostos vícios de consentimento e fraude na assinatura de Antonio Carlos Nunes de Lima, o coronel Nunes, em acordo que sustentou a permanência de Ednaldo no cargo.
O documento foi homologado pelo STF em janeiro deste ano e reconheceu a legalidade das assembleias que elegeram Rodrigues.
O pedido de apuração partiu do vice-presidente da CBF, Fernando Sarney, que alega que não teve conhecimento de supostas irregularidades na assinatura de Nunes e pediu a revogação do acordo.
A deputada Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) também apresentou pedido semelhante, ambos negados por Mendes.
Em nota oficial, a CBF reiterou seu compromisso com a legalidade e a transparência, afirmou não ter acesso ao laudo pericial que questiona a assinatura e classificou a divulgação do documento como tentativa de “espetacularização midiática”.
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Foto: Carlos Moura/Divulgação STF