Simone Papaiz é alvo de operação por fraude em contratos em Bertioga

Operação apura supostas irregularidades em contrato de R$ 483 mil fechado entre a Prefeitura de Bertioga e a empresa Portela Mercantil e Prestação de Serviços

Simone Papaiz é alvo de operação por fraude em contratos em Bertioga

Diamantino Junior

Publicado em: 17/07/2020 às 11:32 | Atualizado em: 17/07/2020 às 11:32

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo e a Polícia Civil deflagraram na manhã desta sexta-feira (17), uma operação para apurar supostas  irregularidades em contrato de R$ 483 mil fechado entre a Prefeitura de Bertioga e a empresa Portela Mercantil e Prestação de Serviços para locação de equipamentos hospitalares para implantação de 10 leitos de UTI adulto na cidade.

Cerca de 12 promotores e 60 policiais civis dão cumprimento a 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de Bertioga, Santo André, Mogi das Cruzes, Suzano e São Paulo.

Segundo a Promotoria, o contrato investigado foi assinado pela ex-secretária de Saúde do município, Simone Papaiz, que deixou o cargo para assumir a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas.

 

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Vínculos complicadores

 

O Ministério Público de São Paulo informou que as apurações identificaram vínculos entre as empresas envolvidas no processo administrativo e na execução do contrato investigado – ‘confusão societária, vínculos empregatícios e propriedade dos equipamentos hospitalares fornecidos’.

Segundo os promotores, as relações indicam ‘eventual conluio’ entre as companhias, ‘com a finalidade de fraudar a contratação pelo órgão público’.

 

Produtos vendidos são sucata

 

O MP-SP também apontou suspeita de que as empresas investigadas obtêm, no mercado clandestino, equipamentos médicos velhos e descontinuados, ‘alguns até fora de uso’.

“Eles recebem adaptações totalmente à revelia dos respectivos fabricantes, de modo que parte destes equipamentos acaba se mostrando inservível. Outros equipamentos, embora aparentemente funcionais, podem estar funcionando de maneira inadequada, colocando em risco, inclusive, a vida das pessoas que venham a fazer uso deles”, registrou a promotoria em nota.

 

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Foto: BNC Amazonas