TCU estima em R$ 42 bi fraudes no pagamento do auxílio emergencial

Conforme o governo federal, o índice de acerto do programa de benefício emergencial é de 99,56%

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Mariane Veiga

Publicado em: 26/08/2020 às 17:19 | Atualizado em: 26/08/2020 às 17:23

Auditoria da equipe técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) estimou que pode chegar a R$ 42 bilhões o total de pagamentos indevidos do auxílio emergencial criado pelo governo em razão da crise do coronavírus.

O cadastro do governo federal de beneficiários do auxílio reúne 66,9 milhões de pessoas, segundo o TCU.

Conforme o governo, a prorrogação do pagamento vai até o fim do ano. Dessa forma, o benefício tem um custo previsto de R$ 254 bilhões.

O relatório do TCU deve ser analisado pelos ministros na sessão desta quarta-feira (26) do tribunal.

De acordo com o Ministério da Cidadania, aqueles que receberem benefício indevidamente estão sujeitos a penalidades.

Segundo o texto, o auxílio emergencial tem margem de erro de 0,44% e, portanto, chega a 99,56% com acerto.

O relatório técnico do TCU levou em consideração dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que indicava que 60,4 milhões de pessoas se enquadravam nos critérios do programa.

Em julho, o governo federal prorrogou o pagamento do auxílio emergencial por dois meses, totalizando cinco parcelas de R$ 600.

Esses pagamentos, entretanto, não foram feitos ao mesmo tempo para todos os beneficiários. Parte começou a receber já em abril, enquanto parte dos beneficiários só teve acesso à primeira parcela em maio, junho ou julho.

O Ministério da Cidadania informou ainda que, até o momento, já pagou R$ 173,4 bilhões para 66,7 milhões de brasileiros.

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Foto: BNC Amazonas