Os ataques aos Três Poderes, ocorridos em 8 de janeiro de 2023, completam dois anos com prejuízos que ultrapassam R$ 16 milhões aos cofres públicos. Apesar do levantamento parcial, o valor real pode ser ainda maior, já que bens históricos e culturais danificados ainda aguardam restauração ou avaliação.
Entre os itens mais simbólicos atingidos está o relógio Balthasar Martinot Boulle, trazido ao Brasil por dom João VI em 1808, que sofreu danos significativos. Além disso, a escultura “The Pearl”, avaliada em R$ 5.000 e presenteada ao ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, segue desaparecida.
Prejuízos por Poder
O Supremo Tribunal Federal, é o líder nos prejuízos. Ao todo, gastou R$ 12 milhões, sendo R$ 8,6 milhões em reposições de 951 itens e R$ 3,4 milhões no restauro do plenário. Apesar dos esforços, 106 peças históricas permanecem irrecuperáveis.
A Câmara dos deputados totalizou R$ 2,7 milhões em despesas. Ela direcionou R$ 1,2 milhão para reparos estruturais e R$ 1,4 milhão para recuperar itens culturais. Além disso, 16 objetos desapareceram.
O Senado gastou R$ 1,3 milhão em restaurações. A recuperação de obras artísticas consumiu R$ 483 mil, incluindo R$ 800 mil para restaurar o quadro da “Primeira Constituição”.
O menor custo foi do Palácio do Planalto, com R$ 297 mil em reparos, principalmente vidraçaria. Obras históricas, como a escultura de Amílcar de Castro e o relógio Balthasar Martinot Boulle, seguem sendo restauradas em parceria com o Iphan.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil