‘Ação contra Moraes nos EUA é bisonha’, diz especialista em Direito

Wálter Maierovitch afirmou ao Uol que Justiça da Flórida erra ao tratar decisão do STF como ato pessoal do ministro.

O ministro do STF concedeu liberdade provisória a Valdemar Costa Neto, líder do Partido Liberal (PL), porém impôs medidas cautelares.

Publicado em: 08/07/2025 às 19:23 | Atualizado em: 08/07/2025 às 19:27

O jurista e colunista Wálter Maierovitch classificou como “bisonha” a intimação emitida pela Justiça da Flórida ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao Uol News, ele afirmou que a decisão norte-americana carece de fundamento técnico e não tem condições de prosperar.

“A primeira coisa a se destacar é que existe algo bisonho juridicamente. Está se fulanizando. Até um reprovado no exame da OAB sabe que qualquer decisão de ministro do Supremo é de um órgão do poder. É uma decisão do Supremo, não da pessoa”, afirmou.

Segundo Maierovitch, a Justiça da Flórida comete um erro grave ao interpretar as ações de Moraes como se fossem decisões pessoais, e não institucionais. “Estamos falando de algo institucional. Portanto, Moraes é parte ilegítima nesse processo”, explicou.

O jurista acredita que a Advocacia-Geral da União (AGU) deverá atuar para reforçar esse ponto. “A AGU entrará no processo para dizer que o ato que está sendo discutido é de um órgão de poder e não de uma pessoa física. Ponto e basta. Não há condição para essa ação prosperar.”

Maierovitch também criticou os autores da ação judicial nos EUA:

“Quem propôs essa ação é carecedor dela. É um besteirol, uma ação de quinta categoria. Se fosse no Brasil, seria reprovado no exame da OAB.”

Leia mais no Uol.

Leia mais

Foto: Antonio Augusto/SCO/STF