Antibióticos que poluem 44% dos rios são comuns no Brasil. Conheça-os!
O descarte incorreto de antibióticos no meio ambiente amplia a ameaça da resistência antimicrobiana

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 11/07/2022 às 10:08 | Atualizado em: 11/07/2022 às 10:08
Antibióticos poluem 43,5% dos rios de 104 países que pesquisadores efetuaram estudo. Com isso, o resultado aponta 23 ingredientes farmacológicos que excederam a concentração que se considera segura.
Por exemplo, antidepressivos, antimicrobianos, antifúngicos, analgésicos, progesterona, bloqueadores de canis de cálcio (usados no tratamento de hipertensão arterial) e outros.
De acordo com a CNN Brasil, a publicação do estudo foi feita na revista científica Environmental Toxicology and Chemistry.
Dessa forma, observou-se as maiores concentrações cumulativas das substâncias em águas superficiais na África Subsaariana, Sul da Ásia e América do Sul. Conforme o resultado, em Lahore, no Paquistão, o sistema é mais poluído.
A autora Alejandra Bouzas-Monroy, da Universidade de York disse, em comunicado:
“Esta é a primeira avaliação verdadeiramente global dos impactos de medicamentos únicos e misturas de produtos farmacêuticos em sistemas ribeirinhos”.
Assim, com relação aos componentes, o fármaco mais frequentemente nas amostras foi o carbamazepina (um anticonvulsivante). Assim como a metformina (usado no tratamento para diabetes tipo 2). Além de cafeína (um estimulante e produto químico de estilo de vida), todos detectados em mais da metade dos sistemas monitorados.
“Nossas descobertas mostram que uma proporção muito alta de rios em todo o mundo está ameaçada pela poluição farmacêutica. Devemos, portanto, fazer muito mais para reduzir as emissões dessas substâncias no meio ambiente”, disse Bouzas-Monroy.
Além disso, o documento também mostrou que o descarte incorreto de antibióticos no meio ambiente amplia a ameaça da resistência antimicrobiana.
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Foto: Thomaz Silva/Agência Brasil