O apoio ao ex-presidente Lula mostra que base evangélica resiste a bolsonarismo, diz o site Uol. Conforme o colunista Ronilson Pacheco em sua análise de hoje (15). Ele comenta a pesquisa do Instituto Datafolha.
Desse modo, nesta semana o Datafolha revelou a preferência de alguns segmentos quanto à eleição para presidente em 2022.
Como resultado, o grupo que mais se destaca, em razão da expectativa em torno de sua influência, é o evangélico.
A pesquisa aponta, portanto, que o resultado traz Lula com 35% da preferência dos evangélicos, contra 34% de Bolsonaro. Um empate técnico.
Segundo o site, a chamada mais coerente não é “Lula e Bolsonaro empatam entre os evangélicos”, mas sim “Bolsonaro empata com Lula”.
Assim é possível se perguntar sobre o projeto de tornar Bolsonaro um aglutinador do voto evangélico e a quem esse projeto interessaria.
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Lula e os evangélicos
A coluna segue evidenciando o apoio a Lula, que sempre transitou em bons números entre os evangélicos das classes mais populares, principalmente pentecostais.
Isso tinha pouco a ver com sua mensagem religiosa e muito por uma capacidade singular de conexão com os mais pobres e as características de suas políticas, de maior apelo popular e ênfase nos mais pobres.
O movimento “evangélicos com Lula” acompanha o ex-presidente desde sua primeira candidatura, quando Benedita da Silva, deputada federal (PT-RJ) evangélica. Ela era uma de suas principais articuladoras já na década de 90.
Evangélicos progressistas sempre acompanharam Lula, que possui uma crescente base popular pentecostal, incluindo lideranças comunitárias e de movimentos rurais.
Sim, é verdade, diz o colunista, que os “barões da fé”, como Silas Malafaia e Edir Macedo, também apoiaram Lula em outros tempos. No entanto, o jogo deles envolvia basicamente poder, dinheiro, influência e benefícios pessoais.
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Foto: Divulgação / Agência Brasil