O Brasil resolveu aderir a compromissos na COP26 que incluem zerar desmatamento ilegal, financiar povos indígenas e reduzir emissões de metano na agropecuária.
Conforme o embaixador Paulino Franco de Carvalho Neto, que chefiou as negociações do Brasil na COP26, a conferência sobre mudanças climáticas das Nações Unidas.
Entrevista à BBC News Brasil disse que o governo fez uma “reflexão cuidadosa” sobre sua política ambiental e resolveu “corrigir” rumos. Como informa o Uol.
Num claro contraste com a visão adotada nos três primeiros anos de governo do presidente Jair Bolsonaro, que levou a recordes de emissões e destruição florestal.
“Houve dentro do governo uma reflexão cuidadosa sobre o tema e chegamos à conclusão de que deveríamos nos engajar mais”, disse Carvalho Neto.
Nesse sentido, o secretário de Assuntos Políticos Multilaterais frisou:
“Reconhecemos que temos que enfrentar o desafio do desmatamento ilegal.”
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Discurso
O presidente Jair Bolsonaro não compareceu à COP26, mas, gravou seu discurso, no qual defendeu mais “ambições” nas metas climáticas brasileiras.
Como resultado, o Brasil assumiu o compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2028 e cortar em 50% as emissões de gases poluentes até 2030.
Mas ambientalistas e povos indígenas receberam com ceticismo essas promessas.
É que o governo Bolsonaro tem apoiado no Congresso Nacional projetos de lei que regularizam áreas desmatadas e reduzem territórios indígenas.
Portanto, essas medidas do governo vão na contramão das novas metas anunciadas.
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Foto: Lincoln Siebra/MRE/Fotos Públicas