Após indiciar Bolsonaro e seus golpistas, PF chama Cid para revelar mais
O militar, que possui um acordo de colaboração premiada, tem prestado informações que subsidiam inquéritos que miram o ex-presidente.

Ednilson Maciel
Publicado em: 04/12/2024 às 13:31 | Atualizado em: 04/12/2024 às 13:31
No mês passado, tenente-coronel Mauro Cid e outras 36 pessoas, incluindo Jair Bolsonaro, foram indiciadas por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e Organização criminosa.
Agora, amanhã (5), Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, vai prestar novo depoimento à Polícia Federal (PF). Como informa a CNN.
O militar, que possui um acordo de colaboração premiada, tem prestado informações que subsidiam inquéritos que miram o ex-presidente.
Dessa forma, o novo depoimento ocorre duas semanas após o tenente-coronel ter sido ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ter mantido os benefícios da colaboração premiada.
Com isso, o acordo que estava sob risco após a PF apontar omissões e contradições do ex-ajudante de ordens nas declarações dele sobre a trama golpista.
Ainda segundo a publicação, Cid conseguiu manter sua delação após dar detalhes a Moraes sobre a atuação do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e vice na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, contribuíram para que o tenente-coronel manter os benefícios do acordo.
Mauro Cid já foi ouvido mais de dez vezes. Ele, assim como o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados, também foram indiciados pela PF no caso da falsificação do cartão de vacinas contra a covid-19.
Portanto, Mauro Cid é considerado uma das principais peças da apuração sobre a possível tentativa de golpe encabeçada por Bolsonaro, integrantes de seu governo e aliados.
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Foto: Geraldo Magela/Agência Senado