Arthur diz à BBC que lockdown em Manaus pode terminar em “tiro e morte”

Arthur defende que é necessário absoluta segurança e certeza de regulação para declarar o confinamento obrigatório

Arthur Neto, BBC - lockdown

Israel Conte

Publicado em: 08/05/2020 às 11:25 | Atualizado em: 08/05/2020 às 11:25

O prefeito Arthur Neto (PSDB) declarou em entrevista à BBC News Brasil que o lockdown em Manaus pode terminar em “tiro e morte”.

Arthur disse que a situação, já grave com o estado passando de 10 mil contaminados e registrando 806 mortes pelo novo coronavírus (covid-19), pode virar um caos social com o fechamento total das atividades e confinamento obrigatório.

“Eu penso, por exemplo, numa rebeldia popular grande. Um oportunista joga uma pedra…começa um tiroteio com bala de borracha, que pode cegar alguém, começa a reação das pessoas, que vivem uma situação de desespero. Algo que termina dando em tiro, dando em morte. Eu acho que é uma medida que deve ser tomada em ultimíssimo grau, assim como nós fazemos com a entubação. Último grau…”, avalia.

 

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O pedido de lockdown em Manaus foi feito pela Ministério Público do Estado (MP-AM), mas negado pela Justiça. 

Arthur defende que é necessário absoluta segurança e certeza de regulação para declarar o confinamento obrigatório.

“Então, eu olho com responsabilidade o lockdown. O MP sugeriu, sugeriu. Vamos analisar, fazer uma teleconferência e discutir. Mas, eu não posso declarar um lockdown sem ter absoluta segurança de que preciso dele como a gente usa um respirador. A gente usa o respirador mecânico só quando a gente acha que a pessoa vai morrer.”

Leia a entrevista completa concedida à BBC News Brasil.