Conforme a Folha de S.Paulo, dois pontos colocam Jair Bolsonaro pela primeira vez na cena do crime de desvio de dinheiro público e enriquecimento ilícito no caso das milícias digitais.
É que a investigação sobre as joias e presentes dados por autoridades de outros países a Bolsonaro aponta as digitais do ex-presidente na suspeita de desvio de bens públicos para enriquecimento pessoal.
A reportagem de Fábio Serapião destaca que a ação deflagrada pela Polícia Federal na sexta-feira (11), batizada de Lucas 12:2, dá início à reta final das apurações que podem resultar na acusação de Bolsonaro como líder de uma organização criminosa.
Dois pontos
Desse modo, para os investigadores, dinheiro e avião são os pontos que colocam Bolsonaro na cena do crime.
O primeiro é o uso da aeronave da Força Aérea Brasileira para levar as joias e presentes aos Estados Unidos.
O segundo, as mensagens indicando o retorno do dinheiro oriundo de vendas, em espécie, para o bolso do ex-presidente.
Além disso, o segundo ponto ainda deve ser aprofundado, mas investigadores dizem não restar dúvida de como Bolsonaro participou de todo o estratagema.
Nesse sentido, a apuração partiu do inquérito das milícias digitais, que tem origem na investigação dos atos antidemocráticos de 2020.
Assim sendo, após Augusto Aras —o procurador-geral indicado por Bolsonaro— pedir em 2021 o arquivamento do caso, Moraes ordenou a abertura de outra investigação, com o material angariado na apuração anterior.
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Foto: Beto Barata/PL