‘ZFM, pouco eficiente no desenvolvimento da economia’, diz Banco Mundial
O Banco Mundial divulgou um estudo com propostas para fortalecer a economia da Amazônia Legal brasileira e combater o desmatamento.

Publicado em: 10/05/2023 às 10:50 | Atualizado em: 10/05/2023 às 22:59
Na noite de terça-feira (09/5), o Banco Mundial publicou o estudo “Equilíbrio delicado para a Amazônia Legal brasileira”, apresentando propostas para impulsionar a economia da região e reduzir as pressões que contribuem para o desmatamento.
A informação consta na matéria dos jornalistas Paulo Silva Pinto e Tiago Mali publicada no portal Poder360.
O estudo ressalta a necessidade de aumentar a produtividade na região como forma de reduzir a pressão pelo desmatamento.
Um exemplo citado é a Zona Franca de Manaus (ZFM), que, apesar dos incentivos fiscais concedidos para atrair indústrias à região, é considerada uma ação de baixa eficiência na promoção do crescimento econômico.
Segundo o sumário executivo do relatório, “os incentivos fiscais para atividades industriais na Amazônia Legal não contribuíram para impulsionar o crescimento da produtividade e devem ser reavaliados”.
O texto destaca a Zona Franca de Manaus, cujos incentivos fiscais representam 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Apesar dos altos custos fiscais envolvidos, o estado do Amazonas está perdendo competitividade e enfrenta dificuldades crescentes para atrair novas empresas, diz o relatório.
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Além disso, o número de empregos na indústria está diminuindo, enquanto a intensidade de capital aumenta.
O estudo do Banco Mundial oferece insights importantes para promover uma economia sustentável na Amazônia Legal brasileira, visando equilibrar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental.
Redução de custos de transporte impulsiona produtividade na Amazônia
De acordo com o relatório divulgado pelo Banco Mundial, a redução dos custos de transporte desempenha um papel crucial no aumento da produtividade na Amazônia.
O estudo destaca a necessidade de promover maior concorrência na navegação que conecta a maioria das cidades da região, prevendo uma potencial redução de custos de até 12,5% no transporte.
Esse cenário teria um impacto significativo no PIB do estado do Amazonas, com um aumento estimado de 38%.
Conforme mencionado no texto, esse valor supera o montante dos atuais incentivos fiscais concedidos à Zona Franca de Manaus.
Além disso, o estudo identifica regras distorcidas de crédito rural, impostos ineficientes e subsídios mal direcionados como fatores que promovem uma economia improdutiva na região.
Essas questões precisam ser abordadas de forma estratégica, visando o desenvolvimento sustentável e o aumento da eficiência econômica na Amazônia, afirma o relatório
Foto: divulgação