Bens do senador Lindbergh estão indisponíveis por ordem da Justiça

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 24/04/2018 às 17:03 | Atualizado em: 24/04/2018 às 17:05

Os bens do senador Lindbergh Farias (PT) e da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil continuam indisponíveis por determinação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

A decisão, da última quarta-feira (18), ocorre em processo por irregularidades em um convênio firmado pelo município de Nova Iguaçu (RJ) para realizar a Bienal do Livro em 2005.

Na época, Lindbergh era prefeito da cidade.

De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), houve desvio de finalidade na celebração do convênio e violação aos princípios da moralidade administrativa e da impessoalidade.

A contratação, ao valor de R$ 1,2 milhão, ocorreu com dispensa de licitação.

A indisponibilidade dos bens do senador e da instituição já havia sido determinada pelo juízo de primeira instância, mas a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil recorreu.

Entre outras alegações, ela pontuou que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) concluiu em 2005 pela regularidade e pela quitação das contas.

No entanto, o recurso não foi provido.

“Ainda que o TCE-RJ tenha se posicionado pela validade do convênio em foco, ressalvou que os comprovantes de algumas despesas apresentadas não eram válidos porque não estavam assinados e não serem documentos originais, o que deve ser considerado e cotejado com as circunstâncias acima analisadas”, escreveu o desembargador Fernando Cerqueira Chagas, relator do pedido.

 

Bens e prejuízos

Na decisão, o magistrado não analisa o mérito da ação, mas apenas a validade da decisão de primeira instância.

Em sua visão, a ação civil pública descreveu fatos que se mostraram suficientes para se vislumbrar o indício da prática de improbidade administrativa e prejuízo gerado aos cofres públicos.

Segundo o desembargador, a indisponibilidade de bens “visa a assegurar o integral ressarcimento do dano, sendo desnecessária a comprovação de que o agente intencione dilapidar ou desviar o seu patrimônio para fins de frustrar a reparação do prejuízo”.

Fonte: Agência Brasil

 

Foto: Waldemir Barreto/Ag. Senado