Nesta quarta-feira (12/07), o ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal (PF). Segundo sua assessoria, o depoimento durou cerca de 20 minutos e Bolsonaro optou por ficar em silêncio diante das perguntas feitas. O depoimento faz parte de uma investigação que apura uma suposta articulação para um golpe de Estado.
A denúncia sobre essa suposta conspiração foi feita pelo senador Marcos do Val. Durante uma coletiva de imprensa, o ex-presidente negou qualquer relação com Marcos Durval e questionou o motivo de ele estar articulando um golpe com um senador que ele havia visto apenas uma vez em uma reunião. A assessoria apresentou uma foto da troca de mensagens entre os políticos como prova.
Quando questionado sobre o teor da reunião entre Durval e Daniel Silveira, Bolsonaro afirmou que foi sobre “nada”. Sua assessoria destacou que a reunião foi breve e que o nome do ministro Alexandre de Moraes não foi mencionado, tampouco foram discutidas tentativas de golpe.
Ao ser perguntado se Durval teria inventado a história, Bolsonaro respondeu: “ele que responda pelos seus atos” e afirmou que não pretende processá-lo por difamação.
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O ex-presidente também falou sobre o general Cid, que depôs na Comissão Parlamentar Mista (CPMI) do 8 de janeiro no dia anterior. Bolsonaro destacou que considera o general como um filho e o defendeu, alegando que não há motivos para ele estar preso, e classificou essa situação como um ato contra o estado democrático de direito.
Por fim, Bolsonaro declarou que não haveria motivo para realizar um golpe “em pleno domingo, com a casa vazia, sem nenhum canivete”.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
