O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, reconheceu que o ex-presidente Jair Bolsonaro errou na comunicação ao se posicionar contra a Reforma Tributária.
Em entrevista à Folha de São Paulo, Valdemar afirmou que Bolsonaro não é contra a reforma em si, mas sim contra a forma como foi conduzida.
Ele ressaltou que todos os integrantes do partido são favoráveis à reforma, e os votos contrários foram motivados pelas mudanças no texto feitas pelo relator na Câmara dos Deputados.
Apenas 20 dos 99 deputados do PL votaram a favor da proposta, sendo taxados de ‘comunistas’ pelos demais membros do partido após a votação.
Bolsonaro havia pedido aos aliados que não aprovassem a medida, o que gerou atritos entre os integrantes da legenda. Valdemar atribuiu essas divergências à inexperiência política de alguns membros e à atual polarização política.
Apesar da posição de Bolsonaro, Valdemar destacou que no PL a palavra final é do ex-capitão, pois ele é uma “máquina de votos” e o partido depende de sua popularidade.
Em contrapartida, Bolsonaro segue manifestando sua oposição à Reforma Tributária. Em suas redes sociais, o ex-presidente argumentou que a sobretaxação de produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, prevista no projeto, pode levar à inflação, desemprego e desabastecimento.
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Ele também criticou a falta de detalhes operacionais e a possibilidade de o presidente aumentar os impostos sobre itens considerados danosos à saúde e ao planeta.
Aprovada na Câmara, a reforma inclui um imposto seletivo que incidirá sobre a produção e comercialização de bens prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, porém, não especifica quais produtos serão sobretaxados.
Bolsonaro também apontou preocupações com o custo dos transportes e o preço dos combustíveis, embora o texto determine um regime tributário específico para combustíveis com alíquota uniforme, evitando sobretaxação.
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Foto: Beto Barata/PL
