Bolsonaro descarta aumento nos combustíveis e vê queda de preço
O presidente Jair Bolsonaro descartou aumento de imposto para os combustíveis, a partir da queda de preços do petróleo no mundo.

Publicado em: 09/03/2020 às 16:54 | Atualizado em: 09/03/2020 às 16:54
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira (9), que “não existe a possibilidade” de o governo aumentar um dos impostos dos combustíveis. Quem comentou o fato como tendência foram analistas, após queda de preço do petróleo em escala mundial.
Um dos impostos federais dos combustíveis é a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). Como hipótese, analistas dizem que seria para preservar a geração de receita da Petrobrás, diante da queda nos preços internacionais do petróleo
Desde a greve dos caminhoneiros, em 2018, a Cide está zerada para o diesel. Ao contrário, na gasolina, a cobrança é de R$ 0,10.
Segundo o presidente, a Petrobrás manterá sua política de preços. Isso porque se trata da política de variações que acompanham a cotação do petróleo no mercado internacional. E de acordo com ele, isso resultará na “tendência” de redução do preço dos combustíveis nas refinarias.
O presidente escreveu: “NÃO existe possibilidade do Governo aumentar a CIDE para manter os preços dos combustíveis”. Segundo ele, “o (preço) barril do petróleo caiu, em média, 30% (US$ 35 o barril)”. Ou seja: “A Petrobrás continuará mantendo sua política de preços sem interferências. A tendência é que os preços caiam nas refinarias”, concluiu.
Bolsonaro está em viagem aos Estados Unidos. E aproveitou para fazer a publicação em um dia de agitação nas bolsas de valores pelo mundo.
Queda de preço no petróleo
De acordo com o G1, os preços do petróleo recuavam ao redor de 20% nesta segunda. Isto se deu depois que a Arábia Saudita cortou o preço de venda do barril e indicou o início de uma guerra de preços entre os grandes produtores.
Devido à crise, as ações da Petrobrás desabaram mais de 25% nos primeiros negócios desta segunda-feira. E consequentemente, em poucas horas, a estatal perdeu mais de R$ 67 bilhões em valor de mercado.
O presidente cobra há meses que a redução do preço dos combustíveis nas refinarias chegue ao consumidor. Portanto, ele chegou, inclusive, a lançar um desafio aos governadores. Nesse desafio ele disse que levaria a zero os tributos federais que incidem sobre os combustíveis. Por outro lado, os estados deveriam adotar o mesmo procedimento em relação ao Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS). Por fim, governadores classificaram o desafio como “irresponsável” e “populismo“.
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Foto: Tânia Rêgo/ABr – 19/set/2019