‘Bolsonaro’ dos franceses, Marine Le Pen também está fora de eleições

Nesta segunda-feira, 31, a Justiça francesa condenou Marine Le Pen a quatro anos de prisão. Dois desses anos serão cumpridos em regime domiciliar com tornozeleira eletrônica. Além disso, a política recebeu uma sentença de cinco anos de inelegibilidade. Essa decisão a impede de concorrer à presidência em 2027, caso seja mantida.

O Tribunal Correcional de Paris aplicou a inelegibilidade de forma imediata, mesmo com possibilidade de recurso. Por isso, a presidente do tribunal, Bénédicte de Perthuis, destacou que a decisão visa garantir que representantes eleitos cumpram as leis sem tratamento preferencial.

Enquanto isso, Le Pen, de 56 anos, não compareceu à audiência para ouvir a decisão. Apesar da condenação, ela não cumprirá pena na prisão e cumprirá sua pena em casa. Além disso, responsabilizaram outros oito membros do partido Reunião Nacional (RN) pelos desvios de fundos públicos.

A Justiça condenou o uso indevido de dinheiro do Parlamento Europeu para pagar funcionários do partido entre 2004 e 2016. Os responsáveis desviaram 4,5 milhões de euros. Cada deputado utilizou irregularmente os fundos de 21 mil euros mensais para custear assistentes parlamentares que, na verdade, trabalhavam para o partido Frente Nacional (FN), atualmente RN.

Agora, isso representa um obstáculo para os planos de Le Pen de disputar a presidência em 2027. Apesar de forte nas pesquisas, ela enfrentou derrotas nas eleições presidenciais de 2017 e 2022, ambas contra Emmanuel Macron. Com a inelegibilidade, Jordan Bardella, presidente do RN, surge como possível candidato à presidência.

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Foto: divulgação